QUE PAPELÃO!

              Fiéis que participavam de uma das noites de festa nas comemorações a Padroeira de Monte Alegre Nossa Senhora da Penha, se depararam com uma situação muito inusitada: Um certo senhor, muito conhecido por todos, não pela religiosidade e sim na política de Monte Alegre, pediu a voz no decorrer da missa e passou a poetizar versos de sua própria autoria, palavas realmente muito bonitas, não fosse o fato de em meio a seus versos, suas palavras começarem a tomar um outro rumo que não fosse poético, ou foi?

              Este senhor abusou de sua oportunidade, faltando com respeito a todos os fiéis presentes quando no alto de seus versos dirigiu elogios a Excelentíssima Senhora Prefeita Maria das Graças, o que não tinha nada a ver com a ocasião e nem tão pouco este mesmo senhor dizer que já se definiu como eleitor de Graça nas próximas eleições municipais. Não sabe este senhor que os fiéis que estavam na igreja naquele momento não teriam a mesma definição política que ele? Ou será que ele tem absoluta certeza de que todos os católicos são eleitores definidos da então prefeita e candidata?

             De uma coisa nós sabemos. Enquanto os elogios vinham saindo o povo ia siando junto, as pessoas indiscretamente começaram a sair pelas portas, indignadas com a falta de respeito deste senhor.

             Meu amigo, dá licença! O tempo da ditadura acabou! Nós o respeitamos pela pessoa que o senhor sempre foi, pelo seu caráter, por ser um cidadão irrefutável. Mas o senhor não dá o devido respeito que os cidadãos montealegrenses merecem, quando vão à igreja para celebrarem a festa de sua padroeira, para praticarem a sua fé e são obrigados a ouvirem tais absurdos, como se a Excelentíssima Senhora Prefeita fosse o ser mais importante naquela ocasião e lugar.

             Não foi a primeira vez que a população se mostrou contra as suas escolhas e não será a última.