A educação montealegrense sempre foi um problema, entra prefeito, sai prefeito e este problema insistem em permanecer. Nossa educação brasileira é muito defasada, isto é fato, a desvalorização do profissional é uma realidade. Mas a classe de educadores é uma das que mais cresce e uma das que causa mais problemas com relação a paradas e greves. Qualquer curso de Pedagogia é sala cheia. Mas, afinal onde está o problema?
Sabemos que o curso superior de pedagogia é um dos mais acessíveis, pois pode ser encontrado nas pequenas cidades, ao contrário de cursos na área da saúde, que somente são acessíveis através de faculdades maiores. Seria este um dos problemas? Se é verdade que o educador é um dos principais influenciadores na carreira de qualquer profissional, a pedagogia não deveria ser tratada com um cuidado muito maior do que outros ramos profissionais? Ou a culpa é completamente da família e/ou dos governos?
Em Monte Alegre a educação iniciou o ano de 2013 em dívida, a gestão passada não pagou os salários de dezembro de 2012, o que acabou gerando dificuldades entre a educação e o novo gestor que assumiu a prefeitura já com medo dos profissionais entrarem em greve por um ocorrido que não foi de sua responsabilidade. Mas por atitude própria, o prefeito Severino Rodrigues conversou com a classe e pagou os salários atrasados da administração anterior e fez o reajuste anual dos professores ainda no início do mandato. No entanto, com esta atitude a prefeitura entrou no Limite Prudencial, que não permite que o município gaste com investimentos mais que 54% de sua renda mensal ou poderá se limitar a receber recursos e verbas em outras áreas.
Neste ano de 2014, a classe de professores teve mais um ajuste salarial a partir do mês de Janeiro, em comum acordo o prefeito convidou o Sindicato dos Professores para ver de que forma poderia ser feito este reajuste, uma vez que o município já encontrava-se no Limite Prudencial e não poderia realizar o ajuste da convencional, mas que haveria outros meios de se fazer este pagamento, o Sindicato entraria com uma ação na justiça, permitindo assim que, através de deferimento jurídico, o Tribunal de Contas do Estado permitiria o município ultrapassar o Limite Prudencial e assim efetuar o ajuste salarial dos professores.
|
O MonteAelegrense fez registro da Reunião |
Um oficio foi assinado e todos saíram certos de que tudo seria resolvido. No entanto, o Sindicato reuniu-se e acabou colocando muitas outras cláusulas no processo, inclusive cobrando da prefeitura os reajustes salarias desde 2008, fato que não foi acordado em reunião, tanto que o Juiz da Comarca, Dr.º Marcos Sampaio indeferiu o pedido do Sindicato, entendendo ele que as cláusulas exigidas no processo, se cumpridas, poderiam levar o município a um colapso total, uma vez que o cumprimento acarretaria todas as áreas do município. Era este o desejo do Sindicato dos Professores? Comprometer todo o município de forma irresponsável?
O prefeito municipal convocou a classe de profissionais da educação para participarem de um encontro, onde foram apresentadas todas as dificuldades e soluções propostas pela gestão. O Sindicato, que tanto preza pela educação, não esteve presente, bem como algumas pessoas ligadas ao órgão, preferiram no dia seguinte reunir uma pequena minoria nas ruas da cidade, tentando realizar uma parada municipal, mas não contaram com o apoio da maioria dos profissionais, que permaneceram em suas salas de aulas e seus locais de trabalho.
Em fim, se gestão e profissionais querem o melhor para a educação municipal, porque não fazer tudo da forma correta? Não entendem que os principais e maiores prejudicados são os alunos!
Como pode um vereador/professor concorda com um acordo para o pagamento do reajuste e no dia seguinte participa de uma paralisação? Como poderíamos classificar um profissional deste? - Não precisa nem ser professor para entender o caso.