Após quase 50 dias corridos e 35 úteis, a greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) chegou ao fim sem que as reivindicações da categoria fossem atendidas. Com uma pauta que incluía a implantação do Plano de Cargos e Salários, fornecimento de plano de saúde para os concursados que assumiram cargos em 2012, bem como o cumprimento do salário estabelecido no edital do concurso realizado em 2010, a decisão de voltar às atividades veio após uma reunião, na semana passada, com representantes do Governo do Estado. A ameaça de ter o ponto referente aos dias parados descontados no salário e a primeira sinalização de uma possível conversa entre as partes envolvidas seriam os motivos para o interrompimento do protesto.
De acordo com o diretor do Detran, Willy Saldanha, a greve era apoiada por apenas 20% dos quase 600 servidores. “Estava tudo acertado para começarmos a atendê-los ainda em maio, quando houve a radicalização. A Justiça confirmou que o Estado tem o direito de descontar dos 113 faltosos que aderiram à greve, mas o Governo resolveu ouvi-los, devolver o dinheiro que já tinha sido descontado, mas com a proposta de diluir o valor em horas de trabalho”. O dinheiro restituído é referente ao período entre os dias 13 e 31 de maio passado. Agora os funcionários faltosos terão que trabalhar horas adicionais a seu horário programado, dentro do expediente normal. O chefe de gabinete da autarquia, Manoel Ferreira, completa a análise da paralisação. “Servidores não podem banalizar uma greve. Tem que exaurir as negociações, podendo fazer até dois dias de aviso. Precisamos tomar isso tudo como lição para os dois lados”.
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